segunda-feira, 29 de junho de 2009

Olhar diferente

Sempre é estranho parar para escrever aqui porque a esperança é de que isso seja lido por alguém, o que aumenta a responsabilidade pelo que se escreve e até onde se pode influenciar quem está lendo. No mínimo, fico imaginando que juízo irão fazer de mim, já que eu sou o que escrevo.

 

Mas hoje venho com um ar diferenciado. Ainda com muito sentimento de dor, mas um tanto mais leve e consolado. É coisa que não se encontra num lugar qualquer ou num evento tradicional. Eu fui num show católico, do Padre Fabio de Mello.

 

É muito bom ir a lugares que ajudam a preencher o coração e a alma. Variar um pouco a rotina de festa com muita alegria alcoólica, com gente caindo de feliz a ponto de botar a bile pra fora!!! É ótimo!!! Não! Eu não estou criticando ou dizendo que não vou, porque eu vou. Não sou de beber a ponto de ficar muito bem, mas gosto de curtir a música, ver as bandas, o pessoal( ninguém é de ferro...!!!!). Mas as chances de sair como menos do que quando entrou são muito grandes. Daí é importante recarregar as reservas, e foi o que fiz hoje.

A muito tempo não me sentia tão bem e tão preenchido como hoje. Não estou querendo dar uma de carola, ou coisa parecida, muito menos de tentar convencer a ninguém que é melhor ir ver um padre do que a mulherada do Calcinha Preta. Mas me senti muito melhor depois de sair hoje do show do que do dia que saí do Vaca Loca semana passada, vendo uma galera passando mau, inclusive amigas minhas e até minha Irmã. E esse tipo de coisa acaba deixando a gente um tanto seco, sedento por algo que realmente valha a pena. E valeu.

Quem pensar que vai achar um tanto de tiazinha ou um monte de beata, se engano ledamente! Fazia muito tempo que não via tantas mulheres lindas e bem arrumadas juntas!!! Não só mulheres, mas homens bem arrumados, muita gente que eu não via a muito tempo.  E o melhor é que saíram do mesmo jeito que entraram, ou melhor, saíram ainda melhor, porque o que se falou durante a apresentação certamente melhorou a auto estima de muita gente por lá, incluindo a minha, que não andava lá muito boa. Ouvi coisas incríveis, que me fizeram repensar muita coisa que esta me acontecendo, que fez eu me lembrar de coisas boas de minha vida, de meus pais, de meu filho e de outras tantas coisas que andavam meio jogadas em minha cabeça, mas que voltaram a tona de uma maneira muito forte e boa.

São as dificuldades que nos moldam, não importa se para o bem ou para o mal. São elas que nos constroem como pessoa, como ser humano. E essa fase que estou passando servirá para isso. Mas chega uma hora que fica difícil prosseguir sem uma boa recarga emocional, afetiva, algo que te deixe mais forte para continuar naquela luta toda. Tenho certeza que de todos os dias de minhas férias, esse foi o que me rendeu mais, porque consegui aproveitar da melhor maneira até o final.

E agora é me preparar para voltar para minha casa, minha realidade, minha rotina e também aos meus famigerados problemas, pois as férias estão acabando, e com elas a mordomia da comida da mãe e da agradável e complicada tarefa de cuidar de meu filho, mas isso é assunto para outro dia!

domingo, 28 de junho de 2009

Madrugador

Já não é mais tão cedo para se encerrar o dia, assim como ainda não é tarde o suficiente para que um se inicie. Mas ainda estou aqui, insistindo em não querer que nenhuma das duas coisas aconteça, tentando em vão parar o tempo, ou ainda, que ele voltasse. Mas isso também não é possivel.

É muito dificil encontrar o bendito do sono quando você perde algo muito importante, que é quase a coisa que te vitaliza, te motiva e te faz seguir. Talvez eu esteja superlativando a relevância de um ser humano, mas parece que só é possível descobri sua real importância e contribuição quando este já não mais pode completar a nossa existência. É como se fosse estirpado um orgão, um pedaço da anatomia, algo assim, porque é essa a sensação que tenho quando paro para sentir e dar atenção a isso.

Mas como não dar atenção a quem lhe sempre lhe foi atento? Como continuar sem uma perna ou tentar se erguer com apena um braço? Dificil mesmo é senti que nunca mais terá aquela companhia que se tornou tão presente, a ponto de fazer qualquer lugar perfeito e aceitavel, coisas simples se tornarem magníficas ou jornadas infindas em passeios ao fim da tarde, a beira mar.

Não sei como voltar pra casa e continuar tudo, mas sei que será preciso, mesmo que seja preciso uma morte e ressureição, mas terei que viver, mesmo que só para chegar ao final e constatar que realmente era isso. Ou ainda que eu estava errado. Por hora, terei que apenas dormir e viver mais um dia até o final, esperando que ele seja melhor que o anterior.