terça-feira, 11 de agosto de 2009

Aguarde na linha

Aguarde na linha

        Nos nossos dias, é muito comum utilizarmos serviços via telefone, o famoso e famigerado callcenter. Quem nunca se viu preso numa ligação telefônica, suplicando para verificarem um problema na sua conta de celular ou qualquer outra de consumo, ou nos casos de quem trabalha em empresa que tem central de chamados, como eu, ter que ficar meia hora falando com uma atendente que se acha no direito de te deixar ‘hold on line’ por dez ou quinze minutos mas n pode te esperar por trinta segundos, enquando você pegar um número num papel, pois a fila de espera dela é muito grande.

        Embora pareça, não, eu não fiquei preso por esses dias em nenhuma ligação dessa, até porque ultimamente as minhas colegas atendentes têm sido bastante compreensivas comigo(ou então eu me disciplinei ao ponto de ter sempre os benditos números sempre à mão). A fila de espera em que eu estou preso é uma outra, bem mais complexa. E eu mesmo que optei por ficar nela, podem acreditar.

        Nós, como seres humanos que somos, tidos como muito superiores( não sei a que, perdemos para qualquer vírus), sempre temos o triste hábito de ser imediatistas em praticamente tudo. Também puderas, estamos na era da banda larga, e tudo tem que ser para semana passada, porque tempo é dinheiro(de fato estou mesmo pobre). Não conseguimos abrir mão de um mísero segundo, pois a operadora de celular nos dá somente três de graça, e depois do quarto, lá se foram trinta, quer tenhamos usado ou não.

        Ontem me coloquei numa situação que me leva a andar no contra-fluxo dessa história toda. Fiz contato com um callcenter diferente, e fiz um pedido incomum: pedi a Deus que fizesse a vontade dEle. E Ele pediu que eu esperasse.

        O tempo é uma coisa muito relativa. Quando precisamos pagar uma dívida, um dia é bem pouco, assim como para aproveitar, principalmente em férias, um dia é praticamente nada. Porém, quando nos colocamos em uma posição de espera passiva, as horas não passam. O tempo pirraça e debocha de nossa cara. O ponteiro do minuto fica emperrado, e o do segundo embaiana e fica lerdo e preguiço(não se ofenda, isso é só uma lenda porque eu também sou baiano e não sou lerdo...). O da hora cria poeira e casa de aranha.

        Sei que esse deve está sendo o mais confuso dos meus textos. Desculpe, mas não espero que me entenda, mas apenas que leia, identifique-se ou não e até emita uma opinião. Também não me tome como arrogante ou intransigente. Mas sei que estou numa fase tão complexa que nem mesmo eu consigo me compreender. Mas caso você se encontre numa situação parecida e esteja conseguindo passar tranqüilo, por favor, me ensine. Mas se também não consegue fazer o seu relógio funcionar e não tem idéia de como fazer para não se angustiar com isso, então estamos no mesmo barco, colega. Boa sorte para nós!

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